Este 2019 deve ser o ano da retomada do mercado imobiliário no Brasil. Recentes levantamentos do setor indicam um viés de alta nos últimos meses de 2018. A esperança é que a nova equipe econômica do governo federal consiga ajustar as contas públicas, gerar mais empregos, melhorar a renda do trabalhador e manter a tendência de queda dos juros aplicados nos financiamentos de imóveis.
O mercado imobiliário possui um ciclo composto por quatro fases: expansão, excesso, recessão e recuperação.
Após a crise que assolou o mercado imobiliário no começo desta década, entramos na fase da recuperação no segundo semestre de 2017. Desde então, o setor passou a demonstrar melhoras gradativas e substanciais, em especial, nas vendas, que cresceram cerca de 10% neste ano. Devido a diversos fatores, entre os quais a queda da inflação, a diminuição da taxa de juros e de financiamento, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a regulação do distrato e as definições políticas nos cenários estaduais e federal, o mercado imobiliário tem notado um significativo aumento no índice de confiança de empresários e consumidores. Prova disso é que houve um aumento de 52% no número de unidades comercializadas na cidade de São Paulo de janeiro a junho de 2018, em comparação com o mesmo período de 2017, melhor resultado desde o início da crise em 2013.
Outro exemplo que demonstra a reação do mercado imobiliário é que o lançamento de novos projetos cresceu 30% no terceiro trimestre de 2018, e a movimentação cresceu ainda mais depois das eleições. Esse ambiente tem criado expectativas bastante positivas para o setor em 2019. Segundo dados, sinais, indicadores e especialistas, entraremos num período de normalidade econômica. Com isso, a tendência é de crescimento para este ano, ainda mais considerando que teremos algumas novidades boas para o setor, como o aumento do teto para a compra de imóvel com FGTS para R$ 1,5 milhão, e a ampliação do Programa Minha Casa Minha Vida. Assim, 2019 deve ser um bom ano para quem quer vender ou comprar um imóvel e também para quem quer investir no mercado, seja no setor residencial, cuja tendência são imóveis compactos com infraestrutura e a locação por temporada, seja no setor comercial – no qual as empresas têm apostado em um conceito mais colaborativo, com espaços mais amplos e menos divididos -, seja, ainda, em fundos imobiliários, que voltam a ser uma boa opção de investimento.
Disponível em: jornaldocomercio.com