Riscos operacionais e regulatórios são os que mais afetam empresas no Brasil

Pesquisa da KPMG com mais de 200 companhias também mostra que gestão de riscos empresarias ainda é pouco madura no País

 

Para mais da metade das empresas no Brasil, os principais riscos que afetam seus negócios são regulatórios e operacionais, indica estudo realizado pela KPMG com mais de 200 companhias. Tecnologia da informação, execução da estratégia de negócios, além de condições econômicas e de mercado vêm em seguida.

Para 63% das companhias consultadas, o ambiente regulatório está entre os principais riscos. Já questões operacionais foram apontadas em 60% das respostas, mostra a pesquisa divulgada nesta sexta-feira, 27.

No caso dos riscos regulatórios, explica a sócia-diretora da KPMG, Renata Bertele, os pontos mais frágeis estão relacionados a mudanças frequentes nas regras, que podem trazer insegurança jurídica, sobretudo, para quem atua em setores com agentes reguladores, como os de concessões.

Para os riscos operacionais, um exemplo é falha de sistema, que pode causar prejuízos monstruosos em setores como o portuário. Outro aspecto delicado nesse campo é a logística. “Um exemplo foi a greve dos caminhoneiros, quando algumas organizações não conseguiram receber insumos“, diz.

Para prevenir-se contra esses pontos de preocupação, afirma a diretora, é preciso incluir a gestão de risco nos processos de decisão das empresas, não bastando apenas agir reativamente, após as ameaças se concretizarem. A realidade no País, contudo, ainda é de despreparo.

Das empresas que participaram do levantamento, 56% apresentam maturidade abaixo da classificação intermediária (madura) de gestão de risco, sendo 29% no nível fraco e 27% no sustentável. Segundo o estudo, 40% delas estão no nível maduro, 2% no integrado e apenas 2% no avançado.

“Quem não conseguir aperfeiçoar a abordagem de gestão de riscos em um ambiente em constante evolução colocará em dúvida o crescimento e a sustentabilidade das organizações”, afirma Renata Bertele.

Outro dado que se destaca é que o gerenciamento de riscos ainda é recente na maioria das empresas, já que apenas 44% dos entrevistados têm processo estabelecido há menos de três anos e 20% há menos de um ano. Segundo 62% dos participantes, o nível do entendimento do processo de gestão de riscos dos colaboradores é baixo ou inexistente e 56% disseram que ela não é considerada na avaliação de desempenho dos executivos e gestores.

As conclusões da pesquisa também indicaram que 69% dos entrevistados não integram a gestão e o planejamento estratégico. Por outro lado, questionados se esse gerenciamento favorece o alcance dos objetivos estratégicos, 96% dos respondentes afirmaram que sim.

Com relação aos obstáculos mais citados para a implementação da gestão de riscos, os participantes da pesquisa destacaram ausência de cultura no tema (65%), existência de outras prioridades (56%) e falta de clareza em relação aos benefícios potenciais (52%).

Disponível em: economia.estadao.com.br

Compartilhar

Outras postagens

juros em indenização administrativa - desapropriação

Aplicação dos Juros Compensatórios e de Mora em Casos de Limitação Administrativa

Diante da análise da jurisprudência brasileira, fica evidente a importância da aplicação adequada dos juros compensatórios e de mora em casos de limitação administrativa de propriedade.

A interpretação dos tribunais, aliada aos princípios constitucionais e legais, tem contribuído para garantir uma justa compensação aos proprietários afetados por medidas restritivas impostas pelo Estado, notadamente daquelas que esvaziam na totalidade a possibilidade de uso, gozo e fruição da posse e propriedade pelo particular.

Não menos importante, fundamental que os julgadores considerem esses aspectos ao decidir sobre questões relacionadas à desapropriação e limitação administrativa, visando assegurar a efetiva proteção dos direitos de propriedade e o equilíbrio nas relações jurídicas,

Sistema de interface com cliente

Sistema de interface com o cliente: comunicação assertiva, ágil e eficaz

Comunicação! O tema é apaixonante na mesma medida que desafiador!

Vivemos na era da informação, onde a comunicação é onipresente. Redes sociais, e-mails, videochamadas, mensagens de texto. Todavia, a falta de comunicação eficaz pode levar a mal-entendidos, conflitos e até mesmo a perda de amigos ou clientes. Portanto, é fundamental compreender a importância de aprimorar essa habilidade.

Imagine quantas situações equivocadas poderíamos ter evitado no nosso dia a dia se soubéssemos utilizar de forma eficiente a nossa comunicação, seja ela verbal ou escrita?

No mundo dos negócios e aqui daremos um enfoque especial nos escritórios de advocacia, é imprescindível que tenhamos uma boa comunicação não somente entre a equipe interna do escritório, nossos fornecedores internos, como também com nossos clientes externos.

marco legal das garantias

Marco Legal das Garantias e seus Impactos no Mercado Imobiliário

O mercado imobiliário é de suma importância para a economia de um país, influenciando diretamente diversos setores e contribuindo significativamente para o crescimento econômico.

No entanto, um dos principais desafios enfrentados neste mercado é a obtenção de garantias adequadas para as transações, o que impacta diretamente a concessão de crédito e o desenvolvimento de novos empreendimentos.

Diante desse cenário, a Lei 14.711/2023, chamada de Marco Legal das Garantias, surge como uma importante ferramenta para estimular o crédito imobiliário e impulsionar o setor. Neste artigo, serão abordados os fundamentos do Marco Legal das Garantias e seus impactos no mercado imobiliário.

Enviar mensagem
Precisa de ajuda?
Barioni e Macedo Advogados
Seja bem-vindo(a)!
Como podemos auxiliá-lo(a)?