Fundos imobiliários rendem quase o dobro do Tesouro; compare e entenda

Nestes tempos em que os investimentos de renda fixa têm rendido cada vez menos, os fundos de investimento imobiliário (FII) têm sido procurados como uma opção para quem busca rendimento maior – e aceita correr mais riscos.

Vamos aos números.

Se você investir R$ 10 mil hoje no Tesouro IPCA+, que é um dos títulos do Tesouro Direto, vai receber, uma vez por semestre, um pagamento aproximado de R$ 200, além da correção pela inflação. Isso dá R$ 400 por ano.

Já se aplicar o mesmo valor em um fundo imobiliário, você tenderá a ganhar cerca de R$ 750 por ano, um valor 88% maior que o do Tesouro.

Esses dados se referem a uma média de 28 fundos imobiliários com alta liquidez.  Se você olhar a lista completa, verá que alguns fundos renderam bem mais, e outros bem menos.

Fiz a comparação com o Tesouro IPCA+ porque tanto este título quanto os fundos imobiliários têm a característica de fazer um pagamento periódico ao investidor. No caso, os títulos do Tesouro com juros semestrais fazem o pagamento duas vezes por ano. Já os FIIs pagam uma vez por mês.

Ambos os investimentos, portanto, são bons para quem já tem capital e procura aplicá-lo de forma a gerar uma renda passiva. No entanto, nada impede que se reinvista os valores recebidos a cada mês por um FII.

Como funcionam os fundos imobiliários

Os fundos imobiliários funcionam da seguinte maneira: quando você investe o seu dinheiro nele, você está comprando uma pequena parte de vários imóveis. E aí, a cada mês, você recebe a sua parte dos aluguéis desses imóveis.

“Quando você compra uma cota de um fundo imobiliário, você está comprando um fluxo de caixa”, na definição do professor Marcos Baroni, da área de pesquisas sobre FII da Suno Research.

“Ele coloca um dinheiro na sua conta todo mês. Isso dá a possibilidade de você reinvestir ou usar com despesas próprias”.

Atenção aos riscos

Não é porque rende mais que um investimento é necessariamente melhor. É preciso ver se você está disposto a correr os riscos.

Por exemplo, se um fundo pagou R$ 1.000 para um cotista no mês passado, não quer dizer necessariamente que vai pagar o mesmo no mês seguinte. Vai depender de os imóveis que fazem parte do fundo estarem alugados, e de seus inquilinos estarem pagando em dia.

“É um investimento sensacional, desde que você tenha consciência do que está fazendo”, disse Baroni.

Disponível em: www.economia.estadao.com.br

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