Ter um programa de compliance tornou-se fundamental para qualquer empresa. Quando efetivas, tais medidas fortalecem a cultura, alavancam os negócios e protegem a reputação das organizações. Um bom plano de compliance mantém a conduta ética da empresa, favorecendo um importante diferencial de mercado: o reconhecimento público.
Preocupadas em atender ao novo movimento do mercado e às demandas para os negócios, as organizações passaram a considerar o investimento em políticas de compliance. As empresas começaram a voltar seus esforços para implementação de treinamentos, tecnologias e outros sistemas capazes de evitar a violação das leis, regulamentações e políticas.
Mas será que as companhias sabem de fato quais medidas devem ser tomadas nesse sentido? De acordo com um estudo da Deloitte e a Compliance Week, 70% das empresas sequer tentaram medir a eficácia de seus programas de compliance. E, entre as que mensuraram, só um terço confia nas métricas que foram adotadas.
Para evitar condutas desalinhadas ao compliance, tanto internas como de parceiros comerciais, as empresas devem desenvolver métricas para acompanhar a aplicação das normas. Aos líderes, cabe refletir e avaliar como os seus colaboradores são orientados para os programas de compliance. Essas medidas servem apenas para blindar a empresa de cenários negativos?
Os funcionários realmente têm conhecimento das políticas de compliance da empresa? E se têm, as colocam em prática? Para resumir, é preciso descobrir se o compliance é tratado como um tema objetivo e voltado para resultados ou ele é apenas mais um quesito que precisa ser cumprido?
Criar indicadores capazes de auxiliar na definição de modelos que atendem de forma personalizada à necessidade da sua empresa é fundamental para garantir que o programa de compliance não seja redundante e ineficaz. Índices nessa linha podem ser criados a partir de informações da sua companhia como, por exemplo, o tamanho do seu negócio, o número de colaboradores, o segmento atendido ou levando em consideração os riscos inerentes.
A partir dessas métricas é possível definir quais critérios devem ser adotados por cada área dentro da organização. No setor de suprimentos, por exemplo, é fundamental seguir medidas que garantam a segurança e autenticidade da escolha de um fornecedor. Eleger o parceiro com atenção e cuidado é importante, pois eles também refletem a cultura, os valores a missão e o propósito da sua organização.
Também é importante centralizar processos como o gerenciamento de performance de parceiros, dados de erros de pedidos, administração de verbas, notas fiscais e informações sobre auditorias. Essa centralização permite assegurar tanto o cumprimento de obrigações como o pagamento de impostos, evitando assim implicações legais.
Ao utilizar a tecnologia a favor de seu negócio, a equipe de compras pode se dedicar às atividades estratégicas, deixando que o sistema cuide dos processos operacionais que podem ser automatizados. Iniciativas nesse sentido, geram valor para a organização e ajudam no cumprimento das normas legais e regulamentares.
Incorporar a tecnologia é mais necessário do que nunca nos dias de hoje. Entretanto, não basta se preocupar apenas com a implementação. É importante acompanhar com proximidade todo o processo para conseguir mensura-lo. Apenas assim é possível garantir o real cumprimento das regras de compliance.
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